Coisas que eu realmente gosto # 12

Sou uma leitora sazonal. 
Inclusive, agora que está chegando o inverno, preciso abastecer a minha estante. Alguém tem boas sugestões? 

Sempre gostei de ler. 
Aprendi um tanto antes da hora e lia tudo o que achava, principalmente se me dissessem que aquilo nao era para crianças, ou que eu nao entenderia. Minhas primeiras leituras também incluíram obviamente as Cronicas de Nárnia (mas depois que meu pai já havia lido todas elas para mim na hora de dormir no ano anterior).  Ah eu chorei tanto quando o leão foi morto! Porque mataram ele? -  eu perguntava desconsolada. Esses e mais alguns outros livros infantis ainda são a minha paixão, como Le Petit Prince: "On ne voit bien qu'avec le cœur. L'essentiel est invisible pour les yeux". Mais tarde um pouco, com 10 anos e quando eu nem sonhava em vir um dia para a Alemanha, o Diário de Anne Frank também me arrancou algumas lágrimas. Dom Quixote de la Mancha me despertou o interesse aos 13. E O homem que calculava me desafiava aos 15, 16...
Curiosamente, e como todo adolescente tem que ser um pouquinho rebelde, eu odiava as aulas de literatura da escola. Nunca li uma obra recomendada pela professora por completo. Porque temos que aprender sobre Camões e nada de Shakespeare, reclamava eu naquela época. 
Durante a faculdade, embora estudando engenharia, comecei a me interessar por esses livros de pseudo-psicologia, psiquiatria e neurologia. Isso foi logo após um estágio que fiz em uma empresa biomédica. Tive que estudar um pouquinho sobre o funcionamento do cérebro humano, algumas cirurgias no cranio, e achei tudo aquilo o máximo! Ainda hoje me atrevo a andar por essa estrada desconhecida e perigosa. Dentre os meus favoritos, recomendo The man who mistooke his wife for a hat, onde um neurologista da década de 80 narra os mais bizarros e interessantes casos que já passaram pelo seu consultório.  
Tudo isso era muito interessante para a minha mente. Mas o meu espírito permanecia faminto.  Comecei a procurar por títulos religiosos (digo, cristãos). Li sobre os mais variados autores, pertencentes a diversas correntes. Algumas dessas leituras me foram uma benção. Mas muitas delas apenas me serviram de confusão. Certos absurdos teológicos nao são nem ao menos dignos de serem mencionados. 
No meio de tantas opiniões divergentes, decidi que o único tipo de literatura religiosa no qual eu iria me fundamentar seria na boa e velha bíblia, que eu abri e comecei a ler. E li inteirinha. Quando acabei comecei de novo. E assim foi e até hoje é, nem sei por quantas vezes mais. Foi a melhor decisão. Depois comecei a procurar por outras traduções e linguagens.  Posso dizer seguramente que esse é o meu livro favorito de todos os dias. Nada o substitui.  Antes eu o achava difícil de entender, mas hoje, se tornou uma parte de mim. 

E você, qual é o seu livro favorito hoje?