Já faz uns tres anos que percebo o meu desconforto com relacao a elevadores. Tontura e um poquinho de medo me acompanham entre as subidas e descidas. Enquanto eu estava em Berlin, peguei o elevador da estacao de trem para ir até o cocktail de abertura da conferecia. Como ninguem quiz ir comigo, eu fui sozinha mesmo.
Entrei no elevador, que tinha a porta de vidro, de maneira que dava pra ver os andares subindo. Era um elevador bem velho e esquisito que foi indo bem devagar e em soquinhos. Subiu um andar, outro, e entao... parou na metade! Pela porta de vidro eu via metade de um andar, metade de outro e os pésinhos das pessoas para lá e para cá. Pensei: "Eu sabia que isso um dia ia acontecer comigo". Comecei a ficar com medo e imaginar possibilidades de sair daquele lugar. Por alguns instantes meu cérebro entrou em panico e eu só consegui dizer: "Meu Deus!"
Foi entao que percebi, um barulho atrás de mim. Uma porta escura se abriu e uma senhorinha entrou e disse: "Hallo". O elevador possuia duas portas: uma de entrada feita de vidro que dava acesso a rodovia por onde eu entrei e uma escura que dava acesso ao terminal de trem por onde eu deveria sair. Alem disso, o predio da estacao nao possuia todos os setores no mesmo nível. Eu, como uma típica caipira, provinda da divisa de Mato Grosso do Sul com Sao Paulo, nunca tinha visto um elevador assim antes. Respirei aliviada e sai do elevador.
Fiquei meditando nessa pequena situacao. Lembrei-me daquela música do Kleber Lucas: "se uma porta se fecha aqui, outras portas se abrem ali". Enquanto eu olhava para a porta pela qual eu entrei, eu nao percebia a possibilidade que uma segunda porta se abrisse em outra direcao. Dominada por alguns segundos de pavor, eu apenas enxergava a oportunidade de saida usada no passado para que eu entrasse. Aplicando isso para a minha vida, sim, "eu preciso aprender mais de Deus, porque Ele é quem cuida de mim". E eu creio, que Ele sabe de todas as coisas e de todas as "portas" que podem ser abertas em minha vida.
29 de maio de 2010
Nach Berlin
8 de maio de 2010
Reflexos
(clique nas imagens para ampliar)
...On me dit que le temps qui glisse est un salaud
que de nos chagrins il s'en fait
des manteaux pourtant quelqu'un m'a dit...
On me dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit...
...On me dit que le temps qui glisse est un salaud
que de nos chagrins il s'en fait
des manteaux pourtant quelqu'un m'a dit...
On me dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit...
Heidelberg - Franca
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