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13 de novembro de 2011

Quando eu me mudo...

Quem já passou por uma mudança sabe disso.
E quem já passou por sete mudanças em apenas um ano sabe muito bem que mudar dá trabalho.
Não existe um ser humano que venha contestar com Newton e sua lei da Inércia nessas horas.
Em um domingo de manhã, com todas as minhas coisas esparramadas pelo apartamento, que além de arrumação também carece de uma boa faxina, eu considerava se deveria ou não ir à igreja.
Mas vencida por um sentimento meio que de culpa, lá fui eu, e pelo caminho ia cheia de minhas murmurações mentais.
A interminável lista de afazeres vagava em meus pensamentos entre os cânticos e manter a atenção parecia uma tarefa árdua naquela manhã.
Pelo fato de serem as palavras todas em uma língua que nao são minhas, a taxa de concentração necessita ser ainda mais alta.
Mas o engraçado sobre frequêntar um culto em alemão é que eu muitas vezes não entendo a maior parte do que é dito lá. Porém as poucas frases que me fazem algum sentido essas realmente falam ao meu coração. Acho que isso é uma espécie de pequeno milagre.
E fui tocada nessa manha durante a mensagem missionária, enquanto o pastor de jovens contava sobre pessoas que acreditavam em algo a ponto de sofrerem perseguições ou até morrer por esta causa, pela causa do nome de Jesus.
Que grande vergonha eu senti naquele momento. Eu lá sentada, toda confortável, com minhas roupas quentinhas, e achando ruim ter que arrumar minhas próprias coisas quando chegasse em casa. Enquanto isso outros irmãos em terras distantes precisam se mudar de um canto a outro, não para ficar mais perto do trabalho, ou por achar um apartamento com vista melhor, mas eles fogem para salvar a própria vida.
Sei que é um tipo de contraste apelativo, mas na maioria do tempo eu não penso sobre isso. Acredito que a maioria das pessoas também não. Talvez vivamos dentro de nossa cúpula existencial e tudo o que nos ameaça tirar o conforto é simplesmente empurrado para fora dela. Ou talvez não exatamente para fora, mas para aquele cantinho perto da borda, onde não olhamos com muita frequência.
O fato é que, enquanto eu estou aqui perdendo tempo na internet, outros lutam para poder anunciar o evangelho e ainda se manterem vivos. Outros ainda oram por aqueles. E eu não faço nada.
E com relação a mudanças, quando eu me mudo pelo que chamo de necessidade, ainda assim a minha necessidade não é tão grande quanto a deles.
Por isso eu gostaria de deixar aqui o link do ministério portas abertas. Vale à pena conferir esse tipo de trabalho.
http://www.portasabertas.org.br/

Todos nós precisamos nos estabelecer. Ter uma casa e conforto nos dá uma espécie de segurança. Porém a preocupação excessiva com isso pode, por vezes, nos afastar da compreensão de que a nossa segurança está na verdade naquele em quem temos crido.
I'm sorry; I am not going to translate it all tonight... But you can better have a look here:

http://www.opendoors-de.org/

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