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27 de junho de 2012

Você pensa nisto?


Uma das grandes vantagens que eu vejo em morar por aqui é poder andar pelas ruas sem medo.
Posso voltar para casa sozinha de trem mesmo durante a noite.
Posso sentar no parque com meu netbook tranquilamente.
Mas sabemos que nem sempre foi assim...
As marcas da guerra estão por todas as partes. Nos prédios, nos monumentos, pelo chão...
Passamos por elas todos os dias.
A maior marca porém, está no coração das pessoas. Uma marca vinda do contexto de criação, de um cenário de vida passado tao diferente do nosso.
Na minha opinião, a guerra é a maior loucura da humanidade. É a prova do poder, nao de armas de fogo, mas o poder de uma ideia inserida dentro de milhares de mentes simultaneamente.
Ideias podem gerar ações que fogem do controle.
Ideias podem controlar as reações das pessoas.
Você pensa sobre as suas ideias?

14 comentários:

  1. Das diferenças mais gritantes com o Brasil que vemos aqui,é a questão da segurança: poder andar tranquilamente a qualquer hora e em (quase) qualquer lugar não tem preço. Chamo isso de qualidade de vida, ainda mais pra mim que morei a vida toda no centro de Porto Alegre, sempre driblando assaltantes, batedor de carteira e deliquentes em geral, sem poder chegar muito tarde em casa ou chegar com o coração na mão por fugir de alguem que tentou te assaltar, etc.
    E sim, as guerras marcaram muito esse povo, a gente percebe no olhar dos idosos muito pesar do passado. Fico pensando onde será que estaria a Alemanha hoje em dia senão tivesse passado por tantas guerras? Se com tudo que eles já passaram ainda é um país muito forte e desenvolvido, imagina sem as guerras.

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  2. Eu concordo que aqui eu me sinto muito mais segura e tenho mais liberdades por causa dessa segurança...
    Ainda ha muitas marcas dessas guerras... As pessoas ainda falam nela, sempre tem algum tio-avo, avo que lutou/morreu da guerra... famílias inteiras foram devastadas, destinos mudados para sempre.. Tanta raiva, tanta destruição... Eh horrível de pensar!
    lembro de quando fui a Auschwitz e chorei copiosamente so por causa da pressão que aquele lugar tem... E dai você vê as instalações e as fotos nas paredes... E dói, dói muito!

    Sera que as pessoas realmente tiraram uma lição de tudo isso? As vezes, conversando com as pessoas por aqui e vendo a raiva que elas sentem de estrangeiros (especialmente árabes muçulmanos) eu tenho minhas duvidas.

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  3. Engraçado pensei nisso ontem vendo noticias do Brasil, e pensei, aqui a gente vive com tanta segurança.
    No caso da Alemanha que tem a guerra marcada na vida do seu povo, hoje vivem em paz , mas as marcas estão mesmo por toda a parte. Guerra só traz destruição e tristeza.

    Bjus,
    gostei da sua sapatilha, rsss

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  4. Olá Anna!
    Pois o que seria da vida se não pensássemos assim sobre as coisas ao nosso redor?
    Vejo que você já está bem familiarizada com este belo país e curte no momento as maravilhas e riquezas que eles têm, mas é sempre bom e oportuno lembrar o quanto de dificuldades passaram, lutaram e estão agora assim, curtindo o melhor dos mundos.
    Suas reflexões demonstram crescimento espiritual em conjunto com o seu intelectual. parabéns!
    bjs cariocas

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  5. oi...
    penso sim!!
    até mencionei no meu ultimo post sobre o Zoo de Dresden, que choquei ao ver as fotos da destruição... é dificil entender tudo isso, o por que de tanta crueldade... menina estes dias li um texto falando sobre o que fizeram com as mulheres, caracas fiquei deprimida!!! Sorte realmente nós temos hoje de não passar por isso né!
    beijoss

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  6. Anna, acho que nós brasileiros não temos ideia do que foi a guerra. Eu sei porque as pessoas na Holanda tem um remorso tão grande e isso explica a rivalidade com os alemãos, muitos nuncam vão perdoar/esquecer o que aconteceu. Os mais velhos então parecem que a guerra foi ontem, os mais novos sabem de cor e salteado como tudo aconteceu. Meu bairro foi destruido em 1945, existem até hoje marcas das bombas, assim como os bunkers que eu cruzo pelo parque todos os dias enquanto corro.

    O silência do 5 de maio pelas vitimas, eu estava em um restaurante esse ano e foi de gelar o sangue como todo mundo simplesmente abaixou a cabeça e fez-se um silêncio mortal.

    Beijos

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  7. Anna

    Achei muito interessante a sua reflexão... Estamos tão acostumados com a rotina que muitas vezes não paramos para pensar em algo de âmbito mundial...

    Um abraço

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  8. É... talvez o preço pago por esta segurança tenha sido a lembrança daquela guerra horrorosa...
    Mas, nada sei sobre o item segurança (apesar da minha formação jurídica).

    Penso sobre minhas ideias sim... e procuro mantê-las sob controle interno, antes que elas saiam por aí, fazendo estragos.

    Abração
    Jan

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  9. Andar com segurança não tem preço, Engenheira... nada mais confortante! Sobre a guerra, de fato, é deprimente na lembrança de quem a "viveu". beijos e tudo de bom!

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  10. Que lindo esse post. Eu nunca estive na Alemanha, mas já ouvi muitos comentários de quem já esteve que existe mesmo "cicratizes" espalhadas pelas cidade, e como vc disse no coração das pessoas também. É realmente uma benção poder andar na rua sem ter medo de ser abordada por um marginal. Fico triste, por saber que minha família ainda tem essa preocupação, e oro para que Deus os proteja.
    Ótimo post, parabéns!

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  11. Penso sim, Débora... E a qualidade dos meus dias está intimamente ligada à qualidade do que eu penso.
    A liberdade de ir e vir que se desfruta na Alemanha é um bem muito precioso. Mas você mencionou com sabedoria, nem sempre foi assim...
    A guerra marcou muito a vida desse povo. E ainda vai marcar, infelizmente...
    Aconteceu várias vezes de, ao estar ao lado do Michael, nos perguntarem da onde éramos.
    - Eu sou do Brasil.
    O interlocutor abria um sorriso, como se o nome do Brasil fosse um passaporte da alegria.
    And u?
    - Im from Germany.
    O interlucutor soltava um: ah, cool. Mas a sensação que eu tinha era que as pessoas não eram receptivas ao alemão, como se as arguras das guerras ainda estivessem personificadas nas pessoas.
    Sad...
    Bjim
    Márcia

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  12. Ana,

    Penso na paz todos os dias, e infelizmente por aqui ficamos presos nas nossas próprias casas, acho isso muito triste afinal a vida lá fora é tão bela. Por isso aproveite bastante essa oportunidade.

    Uma ótima sexta-feira!

    bjs

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  13. Oiiii amiga, linda sua reflexão, porém ao ler, me senti grata por ter crescido em ilha solteira, onde nunca tive muitos medos, como tenho hj, no período q vivi por lá, ahhhhh tive o privilegio de ter uma infância livre, onde sempre brinquei no meio da rua... Ia desde os 7anos sozinha de bike p a escola e fiz isso mesmo no período do cursinho, onde voltava sozinha as 23hs p casa... E nossas noite tocando violão, tomando um bom tero, nas ruas em frente de casa? E o lual na praia????? Ahhhhh como sou grata, hj lá nao eh mais tranquilo assim, mas perto dessa região q agora moro, continua sendo um lugar melhor.... Como sou grata!

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